RÉU TERIA ADULTERADO 89 DOCUMENTOS COM ASSINATURAS FALSIFICADAS; 
Denúncia realizada pelo Ministério Público do RS, em 2018, apresentava 89 laudos com assinaturas falsas emitidos pela Combat.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou, na quarta-feira (31), Sergio dos Santos Fantuzzi, dono da empresa Combat, a 4 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto e multa de cerca de R$ 31 mil por falsificar laudos para concessão de plano de prevenção e proteção de combate a incêndio (PPCIs). No entendimento da magistrada Fabiana Pagel da Silva, 89 documentos foram emitidos com assinaturas falsas.
Sérgio dos Santos Fantuzzi, administrador da Combat Prevenção Total Contra Incêndio Ltda, foi condenado por falsificar documentos públicos e fazer uso destes documentos. Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), o empresário teria usado documento com assinatura falsa de um engenheiro para agilizar a tramitação dos planos.
Na sentença, a juíza ressalta que as fraudes ocorriam com intuito de evitar o pagamento para engenheiro, que seria responsável técnico, e para agilizar, na ausência dele, o andamento dos processos administrativos junto ao Corpo de Bombeiros da Capital. As adulterações ocorreram entre 2014 a 2015 e o engenheiro que teve as assinaturas falsificadas não teria participação com o crime.
O profissional não tinha conhecimento sobre essa fraude. De acordo com a denúncia, a falsificação era feita para evitar o repasse, ao engenheiro, da comissão de 15% sobre os valores cobrados pelos PPCIs. O documento chegava a custar R$ 5 mil.
O técnico dessa área é responsável por documentos importantes, como laudo de capacidade de população e de resistência ao fogo.
Ao tomar conhecimento da denúncia, o 1º Batalhão de Bombeiros Militar, que tem atuação em Porto Alegre, anulou dezenas de PPCIs. Entre os estabelecimentos com documentos anulados estão casas de festas para crianças, casas noturnas, condomínios residenciais, restaurantes, hospitais e empresas.
A imprensa entrou em contato com o representante legal de Fantuzzi para um posicionamento a respeito da sentença. O advogado João Pedro Petek informou que irá se manifestar nos autos do processo e que irá recorrer da sentença, pois, segundo ele, há a convicção da inocência do empresário.
Fonte: GZH