"Para mim é uma satisfação grande ver o nosso trabalho sendo reconhecido por todos", celebrou Alex Sandro dos Santos.
O porteiro Alex Sandro dos Santos, que retirou um menino da piscina de um condomínio na Serra, evitando que ele se afogasse (reveja o vídeo abaixo), será homenageado no Corpo de Bombeiros, em Vitória, na tarde desta terça-feira (22). Segundo o tenente-coronel Wagner Borges, a homenagem será realizada às 14 horas. O salvamento aconteceu por volta das 19h40 do último sábado (19). O coronel explicou que, com a homenagem, pretende chamar a atenção para o risco de afogamentos durante o período de férias e do verão. 
Procurado pela reportagem  na manhã desta terça (22), Alex Sandro acredita que vai servir de bom exemplo para as pessoas. "Para mim é uma satisfação grande ver o nosso trabalho sendo reconhecido por todos, principalmente por uma instituição como o Corpo de Bombeiros. Todos tiraram dessa situação um exemplo positivo", afirmou. O porteiro ainda não sabe como vai ser a homenagem, mas acredita que estará mais motivado a trabalhar a partir de agora. "Com certeza a motivação aumenta, até para trabalhar com mais eficácia", completou. 
O CASO
O porteiro salvou a criança na noite do último sábado (19). As câmeras de segurança do local registraram o momento em que o menino pula a grade que separa a área do playground da área das piscinas, entra na piscina infantil e, depois de alguns minutos, entra na piscina funda. A criança fica submersa por quase vinte segundos, até que um porteiro, que fazia ronda na área comum do condomínio, vê a situação e a retira da água. Foi um milagre eu estar lá naquele exato momento, foi coisa de Deus", descreve o porteiro Alex Sandro dos Santos, que retirou o menino da piscina, evitando uma tragédia. Alex conta que trabalha no condomínio há dois anos e que nunca aconteceu uma situação como esta mas, mesmo assim, reforça o alerta aos pais ou responsáveis por crianças. O porteiro não viu o momento em que a criança caiu na piscina, mas viu quando ela debatia os braços e correu para resgatá-la. 
"Eu estava fazendo uma ronda na área de lazer quando me deparei com a cena: um princípio de afogamento. Foi um susto, eu retirei ele da piscina e, graças a Deus, não aconteceu nada grave. Apesar da adrenalina de passar por uma situação assim, eu consegui manter o controle. Levei até a mãe, orientei sobre a área de lazer, que sempre tem que ter um responsável perto e na hora ela ficou desesperada", conta Alex. O síndico do condomínio, Flávio Santos, explicou que a criança não mora no local. A mãe estava visitando uma conhecida, que mora no condomínio, e estava na área do playground com o menino. Flávio conta que conversou com a moradora e ela explicou que a criança pediu água e ela teria ido até a casa buscar, e foi quando tudo aconteceu. "A mãe (do menino) estava na casa da conhecida com outra criança. A moradora contou que o menino pediu água e ela foi buscar em casa. Nesse tempo, ele pulou a grade do playground, que tem um 1,10 metro de altura, e ninguém percebeu", destaca o síndico.
 ALERTA AOS RESPONSÁVEIS 
O vídeo mostra toda a situação. É possível ver o momento em que o menino pula a grade de segurança e entra na piscina rasa. Ele fica lá sozinho por algum tempo, sai, senta na borda da piscina funda e entra. A criança não consegue se erguer na água e bate os braços. Neste momento, o porteiro vê a situação, corre até o local e retira a criança da água. Outras pessoas estão na piscina, mas não percebem a situação. O síndico acredita que o salvamento tenha sido um "milagre", tanto pelo porteiro, que poderia estar em qualquer outro lugar, estar na área de lazer, quanto pelo fato de que, segundo Flávio, a piscina tem algumas plantas ao redor que dificultam a visão de todos os pontos. "A gente acredita muito em milagre e o ponto em que ele estava olhando também foi certeiro, porque a visão da piscina, às vezes, fica encoberta de alguns pontos. Agora fica um alerta de monitoramento constante. Às vezes a pessoa não acha que tenha problema, mas a gente reforça isso no condomínio: não deixar crianças sozinhas. As normas são suficientes, mas falta conscientização. Pode parecer inofensivo, mas é grave", diz Flávio.
Veja o momento em que tudo aconteceu