Objetivo é montar rede de primeiros socorros antes da chegada da ambulância no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre vai lançar o aplicativo de celular “Coração no ritmo certo” no final de novembro deste ano, quando completará 24 anos de funcionamento. O objetivo é contar com uma rede de voluntários habilitados a realizar a reanimação cardiopulmonar, cuja sigla é RCP, em qualquer local da cidade.
A coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do Samu, enfermeira Dinorá Cláudia Cenci, falou sobre o app neste domingo durante atividade realizada na Redenção, junto ao Monumento ao Expedicionário, onde o público foi orientado sobre primeiros socorros e procedimentos diante de alguém em parada cardiorrespiratória.
Segundo Dinorá Cláudia Cenci, a ideia do aplicativo é que os voluntários sejam cadastrados no aplicativo após treinamento ministrado pelo Samu. Eles serão acionados a qualquer momento e quem estiver mais próximo de uma pessoa com parada cardiorrespiratória poderá realizar a RCP na vítima enquanto a ambulância do Samu desloca-se até o local.
A profissional citou como exemplo um voluntário que esteja passeando na Redenção e veja o alerta no aplicativo de uma ocorrência no parque, podendo então comparecer no local indicado e efetuar as manobras básicas até a chegada dos socorristas. “Já temos mais de mil voluntários que podemos cadastrar”, revelou. Profissionais da saúde também estão sendo convidados a participarem do projeto.
A atividade do Samu, que está sendo promovida até o final da tarde deste domingo, contou com a distribuição de panfletos educativos sobre as paradas cardiorrespiratórias. Em seis bonecos, sendo quatro de adultos e dois de bebês, os socorristas ensinavam o público presente sobre como reconhecer o problema e prestar os primeiros socorros a partir da RCP.
O Samu de Porto Alegre, com mais de 200 servidores, conta diariamente com 16 equipes de plantão em vários pontos da cidade. Deste total, 13 são de suporte básico com técnicos e motoristas. Outras três são avançadas pois dispõem também de médicos e enfermeiros. Elas são acionadas pela Central de Regulação do 192. “A média é de 100 a 130 atendimentos clínicos, traumas, psiquiátricos e obstétricos por dia”, observou, acrescentando que cerca de 52% dos casos são clínicos.
Os trotes e ligações erradas atrapalham o serviço, mas acabam barrados na triagem devido à experiência do pessoal do Samu. “Os enganos representam 30% das vezes que tocam o 192”, constatou. De acordo com ela, a situação é causada pelo celular com tela desbloqueada que está na bolsa ou bolso da calça da pessoa. Outros 10% das chamadas recebidas, disse, são trotes. “A maior parte é feita por adultos”, lamenta.
fonte: correio do povo
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