Visitas são restritas a cães, gatos, pássaros, coelhos, chinchilas, tartarugas e hamsters, e deve obedecer algumas regras.
A lei que permite que animais de estimação possam visitar pacientes em hospitais do Rio Grande do Sul foi publicada no Diário Oficial do estado, na quinta-feira (24). O projeto de lei 10/2019, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa no início do mês, já está vigor, e será sancionado pelo governador Eduardo Leite na próxima quinta-feira (31).
"Dados científicos comprovam que a presença dos animais com tutores faz com que aquela pessoa que está em recuperação se sinta mais motivada, mais estimulada", diz a secretária de Trabalho e Assistência Social, Regina Becker.
A lei permite a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados ou públicos contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida é aprovada até mesmo entre os profissionais da área da saúde.
"A gente já teve visitas de animais mais exóticos, papagaio, passarinho. A gente abre exceção e recebe. O paciente responde de uma forma agradável, fica feliz", comenta a enfermeira Daiane Cunha. "Ele contribui no tratamento da dor, o paciente fica menos ansioso. Traz alguns benefícios na parte comportamental, que mostra para gente que é muito válida a visita do pet."
Veja quais animais são permitidos em ambiente hospitalar:
cães
gatos
pássaros
coelhos
chinchilas
tartarugas
hamsters
Outras espécies devem passar por avaliação médica para serem autorizadas.
Mara e Nina são companheiras há 15 anos 
Instituições da Capital já autorizam a visita de aminais a pacientes internados. Segundo o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre, além do São Lucas, o Hospital Conceição e o Independência possuem protocolos que permitem a visita de animais.
Regras para visitas
Além da restrição pelo porte, outras regras devem ser obedecidas nos hospitais do estado. O ingresso deverá ser agendado previamente com cada hospital, o animal deve ser transportado em equipamentos adequados, ele deve ter tomado banho até 24 horas antes da visita e ainda deve estar acompanhado de outro responsável, além do paciente.
A cachorra Nina, por exemplo, é levada por Jorge Luiz Gasparini, irmão da aposentada Mara Gasparini da Silva, que está internada no Hospital Mãe de Deus há 15 dias para fazer o tratamento de um câncer de mama. Dentro do hospital, a cadela tem de ser transportada em uma bolsa ou em uma caixa, e sempre com a guia.
"Ela vem tranquila no carro e, quando chega aqui, e estacionamos, ela dá sinais de que vai ver a dona. É bacana, porque são muito próximas. Para ela, tem um significado muito maior, porque, em 14 de agosto, perdeu a mãe e teve o diagnóstico do câncer", conta o irmão.
A chegada da Nina no quarto é uma alegria imensa pra Mara. "Ela é tudo. É o meu remédio."
Companheiras há quase 15 anos, Mara diz que a presença de Nina faz toda a diferença na recuperação.
"Eu estava muito deprimida, ruim, arrasada, e ela ter vindo foi como se fosse um bálsamo. É uma coisa boa, é um amor incondicional."